quarta-feira, agosto 30, 2006


À medida que a tecnologia avança e se dissemina, o conceito de arte sofre mudanças. A tecnologia faz emergir novos modelos de criação e de produção, reflete a cultura e modelos de uma época, faz surgirem novos modelos, amplia ou até elimina a visão anterior, gerando um novo paradigma. “A arte é um retrato da filosofia de cada época”.

Os processos digitais de captação e de pós-produção de criação de imagens analisam uma nova estética que resgata estruturas narrativas diferentes da clássica. As novas tecnologias permitem o avanço na linguagem, uma nova gramática. A questão da imagem abordada desde a pintura à foto, do cinema à televisão, do vídeo à informática que resulta no uso de novas tecnologias e ferramentas para a produção audiovisual afeta não só a linguagem cinematográfica, mas o espectador. O uso combinado de cinema, vídeo, foto vislumbra o surgimento de uma nova forma de formas de produção.

Meu trabalho é composto por um conjunto de pinturas, fotos, vídeos e outros objetos que discutem questões e visões da arte abaixo:
¨ Como resistir ao tempo? Tornar um momento durável ou fazê-lo existir por si?
¨ Como resistir à efemeridade?
¨ Como criar uma espessura temporal e não só espacial?
¨ Como associar o reflexo na intervenção de uma imagem na outra?
¨ Que soma é esta contaminação de imagem em outra?
¨ Uma pintura efêmera é uma imagem efêmera?
¨ Como armazenar inúmeras pinturas que surgem ao meu redor?
¨ Imagens efêmeras são criadas e destruídas, como resgatá-las?

As perguntas geralmente não têm respostas, já que respostas tendem a ser apenas opiniões que não fazem no percurso e trajetória do artista.

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