quinta-feira, novembro 16, 2006

Trechos da Obra A Cortina de Kundera











Durante os dez últimos anos de sua vida, Beethoven não tem mais nada a esperar de Viena, de sua aristocracia, de seus músicos, que o veneram, mas não o ouvem mais, ele também não os ouve, mas não porque esteja surdo; está no apogeu de sua arte; suas sonatas e quartetos não se parecem com nada, pela complexidade da construção estão longe do classicismo sem estar, no entanto, próximos da espontaneidade fácil dos jovens românticos; na evolução da música, ele tomou uma direção que não foi seguida; sem discípulos, sem sucessores, o obra de sua liberdade vesperal é um milagre, uma ilha.

O Homem é separado do seu passado (mesmo do passado de alguns segundos atrás) por duas forças que entram em ação imediatamente e cooperam entre si: a força do esquecimento (que apaga) e a força da memória (que transforma). ...que nossas memórias não tendo guardado da leitura senão algumas migalhas, reconstruindo dois livros inteiramente diferentes.......

A glória dos artistas é a mais monstruosa de todas pois implica a idéia de imortalidade. É uma armadilha diabólica, porque a pretensão megalômana de sobreviver a própria morte está inseparavelmente ligada à probidade do artista.

ele não escreveu para falar da própria vida, mas para esclarecer aos olhos do leitores a vida de cada um deles.....

Um comentário:

AAAlien disse...

i like your pictures but i don't understand anything... i speak spanish
nice pics though
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"God bless the freaks"
AAA